Secretário de Urbanismo e diretor do Saae falam sobre as reivindicações das famílias do Morada Viva Itabirito
por itb
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publicado
19/07/2019 17h50,
última modificação
23/11/2021 18h47
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Representantes do bairro Morada Viva, de Itabirito (Região Central de Minas), fizeram manifestação pacífica na Câmara itabiritense, nesta segunda-feira (15), durante reunião ordinária dos vereadores. Cerca de 70% das cadeiras da galeria foram ocupadas. A intenção foi conseguir o apoio dos edis para questões do condomínio. O Morada Viva foi custeado com dinheiro público e é habitado por 160 famílias baixa renda.
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O que eles reivindicam: 1- Que cada hidrômetro do conjunto habitacional não atenda a 16 famílias (como acontece atualmente). Segundo os moradores, há apartamentos com dois indivíduos, e outros com 11. “Quando uma família deixa de pagar a conta, a água é cortada”, disse Elierte Verb Alves Cupertino (34), um dos representantes do Morada Viva.
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2- Que sejam solucionados problemas estruturais (há trintas e infiltrações).
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3- Que haja solução para instalações elétricas que estão dando curto-circuito com frequência. “Uma situação que tem a ver com a luz é que quando muitos estão tomando banho, a chave do bloco cai e a ‘luz acaba’”, disse Alexandra de Carvalho (34), outra moradora do conjunto.
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O site da Câmara entrevistou o secretário de Urbanismo da Prefeitura de Itabirito e o diretor do Saae para pegar com eles uma resposta para as solicitações dos moradores. Veja a seguir:
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O secretário de Urbanismo da Prefeitura de Itabirito, Marco Aurélio, esteve na reunião (do dia 15) como espectador. Ele ouviu a todos os discursos dos vereadores que se mostraram unanimemente solidários às reivindicações.
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Cerca de 10 dias antes da reunião da Câmara, os moradores estiveram conversando a respeito das reivindicações com o prefeito de Itabirito, Arnaldo Pereira dos Santos (MDB), no gabinete da Prefeitura.
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“Foi feita a vistoria no local pela Defesa Civil. As providências por parte do município já estão sendo tomadas. A empresa responsável será acionada para apresentar as ‘anotações de responsabilidade técnicas de execução da obra’ e tomar as devidas providências sobre os problemas apresentados.”, disse o secretário.
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Segundo ele, não existe prazo de garantia em obras de engenharia. “Portanto, a empresa em questão precisa tomar rápidas providências independentemente do tempo que ela entregou os prédios prontos”, salientou.
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Já o diretor do Saae, Wagner Melillo, afirmou para se mexer na estrutura dos prédios do Morada Viva, é preciso fazer um projeto e apresentá-lo à Caixa. Caso contrário, corre-se o risco de perder o seguro do banco (uma vez que as moradias foram feitas com verba pública via Caixa).
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Ele afirma que por ser uma comunidade de baixa renda existe sim interesse em resolver o problema da água via município. “Contudo, não será da noite para o dia. 90% dos condomínios de Itabirito rateiam a conta de água, como acontece no Morada Viva, ou seja, um hidrômetro para vários apartamentos. Todavia, com base na reivindicação é preciso que Prefeitura e Saae encontrem uma solução para que cada apartamento tenha seu medidor. A situação chegou a esse ponto pelo fato de haver bloco (cada bloco tem 16 apartamentos) que paga R$ 800 por mês de água, e outros que pagam cerca de R$ 2.000. Normalmente, o que acontece nos condomínios é as contas de água serem rateadas por um síndico que coordenada a situação (...). Se depender do Saae, vamos resolver o problema em parceria com a Prefeitura, depois do aval do banco. Lembrando que os 160 moradores do Morada Viva pagam tarifa social (isso quer dizer que a água no Morada Viva é mais barata que a cobrada de outras casas de Itabirito”, disse o diretor.
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O Morada Viva é composto por 10 blocos com 16 apartamentos cada. Ao todo, moram 160 famílias.
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