Mulheres representam 65% da força de trabalho na Câmara Municipal de Itabirito

por Comunicação publicado 08/03/2021 14h35, última modificação 08/03/2021 15h08
Em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Casa Legislativa de Itabirito presta homenagem, por meio de suas servidoras, a todas as mulheres de Itabirito
Mulheres representam 65% da força de trabalho na Câmara Municipal de Itabirito

Nívia, Débora, Juliana e Tatiane: servidoras da Câmara. Foto - Comunicação

 

Oito de março é o Dia Internacional da Mulher. A data comemorativa, oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na década de 1970, simboliza a luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas a dos homens. Inicialmente, a data remetia à reivindicação por igualdade salarial, mas, atualmente, simboliza a luta das mulheres também contra o machismo e a violência.

 

O caminho é longo e os obstáculos são muitos. Mas, a cada dia, elas vêm mostrando que o lugar da mulher é onde ela quiser, inclusive no setor público. Apesar de não haver uma parlamentar mulher nesta legislatura, as mulheres são maioria na Câmara Municipal de itabirito: 65% da força de trabalho da Casa é feminina.  Além dos cargos de direção administrativa e parlamentar, as mulheres ocupam praticamente todos os setores Câmara.

 

Nívia

 

Uma delas é a secretária Legislativa, Nívia Ferreira. Ela começou a trabalhar na Câmara quando tinha apenas 19 anos. Em busca de estabilidade, fez o concurso público e buscou aprimorar seus conhecimentos durante a carreira: graduou-se em Recursos Humanos e fez três especializações na área de administração pública. Atualmente, ela é coordenadora do Controle Interno. “Trabalhei com várias pessoas, em diversos setores. Foi uma grande experiência, uma troca profissional e interpessoal. Tenho muito orgulho da minha trajetória”, revela.

 

Débora

 

Débora dos Santos é uma das mulheres mais jovens da Casa. Estudante de Administração, ela começou a estagiar na Câmara para conhecer como funciona o serviço público. “Já tinha trabalhado como aprendiz no setor privado. Essa experiência é importante para eu saber qual caminho vou traçar após a minha formatura”, disse. Para ela, apesar do mercado de trabalho estar mudando, a mulher ainda enfrenta condições desiguais. “Uma forma de vencer é sempre buscar o conhecimento. A sabedoria é muito importante nesse processo. Eu acredito que, cada vez mais, vamos conseguir ocupar mais espaços”, revela.

 

Juliana

 

Juliana Efigênia Faria e Silva é formada em administração e é chefe de Gabinete do vereador Max Fortes (DEM). Para ela, o Dia Internacional da Mulher “é o dia do reconhecimento”. “Da liberdade, do espaço no mercado de trabalho, da mulher que trabalha fora e ocupa as mesmas posições do homem. É a desmistificação da ‘Amélia’”, disse ela, referindo à canção “Ai! que saudade da Amélia”, de Ataulfo Alves e Mário Lago. Juliana, que há 33 anos está no mercado de trabalho e há sete trabalha na Câmara de Itabirito, acredita que setor público é uma oportunidade para qualquer mulher, “desde que tenha vontade de aprender”. “A mulher não deve se contentar em ser somente ‘mais uma no setor público’. Tem que estudar e aprender como funciona a área pública. Antes de ser servidora, sou cidadã. Por eu ser mulher, corro riscos de preconceitos ou violência, por exemplo. Contudo conhecer as leis, o trabalho do vereador, o que é um projeto de lei etc. faz com que eu tenha mais condições de ‘correr atrás’ dos meus direitos como cidadã e mulher”, disse ela.

 

Tatiane

 

Por sua vez, Tatiane Aparecida de Oliveira (39), servente efetiva da Câmara, é um exemplo de mulher que se desdobra para dar conta dos afazeres que se propôs. “Trabalho de manhã em casa; à tarde, na Câmara; e termino o serviço doméstico à noite”, disse ela que há 1 ano e 5 meses é servidora. Tati (como é conhecida) já trabalhou como na Prefeitura, “emprestada” para o Quartel da Polícia Militar, e também em padarias e supermercados. “Nunca me desrespeitaram como mulher”, garantiu. Ela afirma que se sente bem na Câmara, e escolheu ser servidora pela estabilidade e pelo fato de a Câmara ser próxima à sua casa. “Sinto-me bem na Câmara. Gosto do que faço. O concurso público é uma oportunidade, em iguais chances, para homens e mulheres”, disse ela. Para Tati, o Dia Internacional da Mulher, é oportunidade de discutir a valorização da mulher.